Ao contrário do que ocorre na maioria dos esportes, a Seleção
Brasileira feminina busca jogadoras para completar a equipe de 11
integrantes, de olho na Copa América de 2012
Publicação:
04/11/2011 09:37
Atualização:
04/11/2011 09:39
Na maioria dos esportes, os atletas
percorrem um longo caminho até conseguir ingressar na Seleção
Brasileira. Antes, costumam passar pelas equipes de base, participar de
campeonatos e encarar diversas seletivas. Mas a dificuldade do
críquete, modalidade criada na Inglaterra e ainda pouco comum no país,
está em atrair novos atletas — inclusive para o time nacional.
Atualmente,
a Seleção feminina é composta por oito jogadoras — sete delas são de
Brasília, onde a equipe treina. Para competir, são necessárias ao menos
11, mas o ideal seria ter ainda duas reservas. O time sofre com o
desfalque há cerca de um ano. No último campeonato, o Sul-Americano,
disputado em agosto, aqui na capital federal, a equipe teve de
improvisar atletas de última hora. E até uma estrangeira, encontrada na
Embaixada da Inglaterra, acabou sendo convocada.
Com o fim da
temporada de competições — pelo menos duas ao longo do ano —, as
meninas buscam novas parceiras para os jogos de 2012. Em fevereiro, já
está marcado um torneio na Argentina e, em agosto, ocorre uma das
disputas mais importantes da modalidade, a Copa América. Mesmo com a
proximidade, elas dizem que ainda dá tempo de começar a treinar e ter
um bom desempenho.
Prova disso é a estudante de educação física
Ana Elisa Vicentin, 21 anos, há um ano no críquete. Três meses após
entrar na Seleção — sendo que, antes, ela sequer conhecia as regras do
esporte —, a atleta foi ao Chile competir no Sul-Americano. Lá, Ana foi
eleita a melhor jogadora de uma das partidas e, ao voltar, recebeu o
título de revelação de 2010. “Eu gostei muito do críquete. É bastante
heterogêneo, qualquer pessoa, de qualquer idade, pode participar. Sem
contar que nos divertimos muito nos treinos”, conta a estudante, que
também já jogou futebol, handebol e basquete.
A equipe feminina,
apesar da dificuldade em ganhar novos integrantes, comemora um feito
até então inédito. Por ser bastante tradicional em outros países,
principalmente os europeus, a primeira Seleção Brasileira masculina foi
composta apenas por atletas estrangeiros. Já a equipe das mulheres,
criada há cinco anos, nasceu completamente brasileira. “Esse é o maior
sinal de que, aos poucos, o esporte está entrando na cultura do país”,
comenta Juliana Brito, veterana na equipe.
Saiba maisA
Seleção feminina de críquete treina três vezes por semana, nos
gramados do Clube Nipo. Interessados em começar a praticar podem entrar
em contato com a equipe pelo e-mail julianalis.brito@gmail.com.
Fonte: http://www.superesportes.com.br/app/19,66/2011/11/04/noticia_maisesportes,25191/procuram-se-atletas-para-selecao-feminina-de-criquete.shtml