Basil D'Oliveira, um dos atletas do críquete mais expressivos da África do
Sul, por conta do Apartheid, morreu neste sábado aos 80 anos. Nascido no país
africano, D'Oliveira mudou-se para a Inglaterra em 1960 em busca de
oportunidades como jogador críquete - por ser branco, D'Oliveira não era bem
visto pelos africanos.
Em 1968, o jogador foi nomeado atleta do time inglês. No mesmo ano, a Inglaterra estava planejando uma excursão para a África do Sul, mas a viagem foi cancelada por recusarem a aceitar presença do jogador branco em seu país de origem.
D'Oliveira jogou county cricket pelos Worcestershire entre 1694-1980 e representou a Inglaterra em 44 testes, marcando 2,484 corridas.
Manchete de jornal em 1968, o caso de D'Oliveira marcou o começo do isolamento esportivo na África do Sul.
Depois de ser aprovado na equipe inglesa como substituto do machucado Tom Cartwright, o governo da África do Sul fez questão de deixar claro que a presença do jogador branco não era bem vinda no país.
O tour foi cancelado e o incidente culminou na proibição de laços esportivos de qualquer país com a África do Sul, que duraria até o início de 1990.
Nenhuma equipe oficial de qualquer país visitou a África do Sul até o Apartheid ser abolido, após a libertação de Nelson Mandela da prisão, em 1990.
Chefe-executivo do críquete na África do Sul, Gerald Majola prestou homenagem ao homem carinhosamente chamado de "Dolly", cuja saúde estava se deteriorando há algum tempo.
"Ele foi um homem com a verdadeira dignidade e um ótimo exemplo de alguém que foi extremamente prejudicado e as circunstâncias para tomar o seu lugar direito no cenário mundial", disse.
"As circunstâncias que impediram de percorrer o país de seu nascimento com a Inglaterra em 1968 levou diretamente à intensificação da oposição ao apartheid ao redor do mundo e contribuíram de forma relevante para o boicote esportivo que acabou por ser um 'calcanhar de Aquiles' do governo do Apartheid".
"Durante todo este período vergonhoso na história esportiva da África do Sul, Basil exibiu uma dignidade humana que lhe rendeu respeito e admiração em todo o mundo. Sua memória e inspiração vai viver entre todos nós. Em nome da família CSA eu gostaria de transmitir nossas simpatias para sua família e saudá-los em uma vida bem vivida", disse.
Já um OBE (Oficial de maior excelência do império britânico), em 2005 foi premiado com o CBE (Comandante de maior excelência do império britânico) no aniversário da rainha. Outra honra foi concedida a ele quando o "D'Oliveira Trophy" foi inaugurado.
O filho de D'Oliveira, Damian jogou críquete no condado de Worcestershire entre 1982 e 1995. Em agosto deste ano, seu neto Brett também assinou com o Worcestershire por um ano.
Fonte: http://esportes.terra.com.br/noticias/0,,OI5478222-EI1137,00-Exjogador+perseguido+pelo+Apartheid+morre+aos+anos.html
Em 1968, o jogador foi nomeado atleta do time inglês. No mesmo ano, a Inglaterra estava planejando uma excursão para a África do Sul, mas a viagem foi cancelada por recusarem a aceitar presença do jogador branco em seu país de origem.
D'Oliveira jogou county cricket pelos Worcestershire entre 1694-1980 e representou a Inglaterra em 44 testes, marcando 2,484 corridas.
Manchete de jornal em 1968, o caso de D'Oliveira marcou o começo do isolamento esportivo na África do Sul.
Depois de ser aprovado na equipe inglesa como substituto do machucado Tom Cartwright, o governo da África do Sul fez questão de deixar claro que a presença do jogador branco não era bem vinda no país.
O tour foi cancelado e o incidente culminou na proibição de laços esportivos de qualquer país com a África do Sul, que duraria até o início de 1990.
Nenhuma equipe oficial de qualquer país visitou a África do Sul até o Apartheid ser abolido, após a libertação de Nelson Mandela da prisão, em 1990.
Chefe-executivo do críquete na África do Sul, Gerald Majola prestou homenagem ao homem carinhosamente chamado de "Dolly", cuja saúde estava se deteriorando há algum tempo.
"Ele foi um homem com a verdadeira dignidade e um ótimo exemplo de alguém que foi extremamente prejudicado e as circunstâncias para tomar o seu lugar direito no cenário mundial", disse.
"As circunstâncias que impediram de percorrer o país de seu nascimento com a Inglaterra em 1968 levou diretamente à intensificação da oposição ao apartheid ao redor do mundo e contribuíram de forma relevante para o boicote esportivo que acabou por ser um 'calcanhar de Aquiles' do governo do Apartheid".
"Durante todo este período vergonhoso na história esportiva da África do Sul, Basil exibiu uma dignidade humana que lhe rendeu respeito e admiração em todo o mundo. Sua memória e inspiração vai viver entre todos nós. Em nome da família CSA eu gostaria de transmitir nossas simpatias para sua família e saudá-los em uma vida bem vivida", disse.
Já um OBE (Oficial de maior excelência do império britânico), em 2005 foi premiado com o CBE (Comandante de maior excelência do império britânico) no aniversário da rainha. Outra honra foi concedida a ele quando o "D'Oliveira Trophy" foi inaugurado.
O filho de D'Oliveira, Damian jogou críquete no condado de Worcestershire entre 1982 e 1995. Em agosto deste ano, seu neto Brett também assinou com o Worcestershire por um ano.
Fonte: http://esportes.terra.com.br/noticias/0,,OI5478222-EI1137,00-Exjogador+perseguido+pelo+Apartheid+morre+aos+anos.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário